sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Professores em greve ocupam a Câmara do Rio e protestam em abertura de festival de cinema

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Secretaria estadual de Educação disse que vai cortar o ponto dos grevistas a partir da última quinta (26), quando o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da paralisação
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27/09/2013 - da Redação
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Os professores em greve da rede municipal do Rio de Janeiro (RJ) ocuparam, na tarde dessa quinta-feira (26), o plenário da Câmara Municipal, onde os vereadores votariam o Plano de Cargos e Salários assinado na última quarta-feira (25) pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). A categoria afirma que não foi ouvida para a elaboração do documento. A sessão foi cancelada e os professores permanecem no interior da Casa até esta sexta-feira (27). Os profissionais de educação da rede municipal dizem que não vão sair do prédio até que o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), os receba. “A categoria está desconfiada de que possa ter uma nova sessão amanhã (27)”, explicou a diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Gesa Linhares.
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Por volta das 20h, um grupo de professores realizou, ainda, um protesto em frente ao Cine Odeon, na Cinelândia, onde ocorria a abertura do Festival Internacional de Cinema do Rio. Policiais militares impediram, com truculência, a aproximação dos manifestantes ao tapete vermelho, por onde passavam os convidados do evento.
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Os professores estaduais e municipais estão em greve desde o dia 8 de agosto. Um mês depois de iniciado a paralisação, a categoria voltou a dar aulas, mas dois dias depois parou as atividades novamente. Segundo o Sepe, a greve tem a adesão de 80% dos professores.
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Corte de ponto
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Na quarta-feira (25), o Tribunal de Justiça do Rio derrubou a liminar concedida ao Sepe que impedia o corte dos dias parados e outras penalidades com a greve dos professores. Com a decisão da desembargadora Geórgia de Carvalho Lima, o município pode descontar os dias não trabalhados pelos grevistas. O prefeito Eduardo Paes, por sua vez, afirmou que ainda vai avaliar se cortará ou não o ponto dos grevistas. Já a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) informou nesta sexta-feira (27) que vai "cortar o ponto dos servidores faltosos a partir de quinta-feira (26), quando foi publicado o acórdão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça ratificando a ilegalidade da greve". Em relação aos dias parados anteriores a 25 de setembro, a Seeduc informou que, caso as aulas não sejam repostas, executará também o desconto desse período.
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Foto: Tomaz Silva/ABr
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