sexta-feira, 22 de março de 2013

Alunos da rede estadual tomam ruas do centro em protesto

A Manifestação dos estudantes busca melhorias nas condições de ensino

 

 

 

 

 

Estudantes busca melhorias nas condições de ensino

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Estudantes de oito colégios tomaram as ruas do Centro da cidade na manhã desta sexta (22) em manifestação unificada pela melhoria nas condições de ensino. Entre os participantes estavam alunos das escolas estaduais Batista de Oliveira, Delfim Moreira (Grupo Central), Duarte de Abreu, Duque de Caxias, Estevão de Oliveira, Fernando Lobo, Instituto Estadual de Educação (Escola Normal) e Juscelino Kubitschek (JK). O ato também contou com apoio de movimentos estudantis e sindicais, além de alguns pais e professores. Policiais militares acompanharam a passeata para garantir a segurança dos integrantes do movimento e que o fluxo de veículos não fosse totalmente interrompido. Já no final da manhã, na dispersão do ato iniciado às 7h, agentes de trânsito também atuaram nos principais cruzamentos.
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Depois de se concentrarem em frente à Escola Normal, na esquina da Rua Espírito Santo com a Avenida Getúlio Vargas, os manifestantes tomaram a pista de subida da Avenida Independência até o cruzamento com a Avenida Rio Branco, onde realizaram paradas em frente a Superintendência Regional de Ensino (SRE) e ao colégio Delfim Moreira. O movimento provocou retenções no trânsito da região Central, devido à grande aglomeração de manifestantes. Conforme estimativa de policias lotados no Pelotão de Trânsito da Polícia Militar (PPTran), cerca de 200 pessoas participaram do movimento. Já o grupo de estudantes que liderou o ato acredita que pelo menos 300 estudantes acompanharam a passeata.
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Os manifestantes ainda tomaram por alguns minutos as escadarias da Câmara Municipal, no Parque Halfeld, mas depois saíram novamente caminhando pelas ruas do Centro até chegarem à esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Espírito Santo, onde se localiza a sede da SRE, no edifício Alber Ganimi. Os alunos chegaram a montar uma comissão com integrantes de todas as escolas, com a intenção de se reunirem com representantes da superintendência. No entanto, desistiram de aguardar em frente ao prédio e seguiram novamente em protesto até o Conservatório Estadual de Música, localizado na Rua Batista de Oliveira.
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Conforme o presidente de grêmio estudantil do Instituto Estadual de Educação, Juliano Rezende, 17 anos, o movimento foi organizado pelos próprios alunos e tem a intenção de cobrar do Governo estadual e da SRE medidas urgentes para melhorar o ensino na rede pública do estado. No início do mês, outros protestos foram realizados questionando a falta de professores e a demora em solucionar falhas na infraestrutura de algumas instituições de ensino, o que foi denunciado em uma série de reportagens da Tribuna. Em relação à falta de professores, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou na ocasião que um problema ocorrido no sistema de contratação, no início do período letivo, teria atrasado algumas designações, mas esclareceu que as nomeações de concurso público realizado foram iniciadas e que, até julho, 11.700 docentes serão nomeados em todo o estado de Minas Gerais.
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Em relação aos problemas estruturais ocorridos nas escolas Delfim Moreira e Duarte de Abreu, que envolvem desde portas e janelas quebradas, infiltrações, falta de mobiliário e falhas no assoalho (que chegou a ceder na Delfim Moreira, provocando acidentes com aluno e professor), a SEE disse que autorizou o aluguel de um imóvel para que haja transferência dos alunos da Delfim Moreira até que as obras sejam realizadas no imóvel, que é tombado pelo Município. Já na Duarte de Abreu, a secretaria afirma que, desde o ano passado, recursos da ordem de R$170 mil foram empregados na reforma do telhado e do banheiro dos alunos. Além disso, no fim de 2012, outros R$160 mil teriam sido liberados para obras gerais, que estão em fase licitação. A pasta afirma que a SRE fez levantamento do mobiliário necessário e o processo de entrega já teria ocorrido.
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Fonte: Tribuna de Minas

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