quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Escola pública 'vira' galinheiro

Com cerca de 1,8 mil metros quadrados e capacidade para 350 Alunos, uma Escola municipal em Tapurah (distante 415 quilômetros da Capital) está abandonada há quase três anos. No lugar dos estudantes, dezenas de galinhas habitam o prédio.
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A unidade, que deveria ser mantida pelo município, conta com 16 salas de aula, refeitório, biblioteca e um amplo pátio. Em 2007, passou por uma reforma, mas os Alunos aproveitaram os benefícios apenas até maio de 2010. Segundo o atual prefeito, Luiz Humberto Bickhoff, a Escola, que leva o nome do compositor brasileiro Vinícius de Moraes, parou de funcionar devido à distância do centro da cidade, cerca de 13 quilômetros.
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“Havia o gasto com o transporte dos Alunos e funcionários diariamente. Então, a gestão antiga encontrou um local mais perto e fechou a unidade. Mas hoje nós já sentimos que aquelas vagas fazem falta na cidade”, diz.
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Outro motivo para a interdição é a existência de um lixão ao lado da antiga Escola. Já as galinhas chegaram junto com a família que hoje mora dentro do prédio abandonado. Além disso, a Vinícius de Moraes nunca serviu ao propósito pelo qual foi criada, segundo o prefeito: ser uma Escola técnica. “Durante todo o tempo que ela funcionou havia apenas o Ensino regular com Alunos de quinta a oitava série”, explica.
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Bickhoff afirma, no entanto, que a reabertura está sendo trabalhada. Uma vistoria foi feita para estabelecer o que precisa ser reformado.
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O problema do lixo, o prefeito garante que já está sendo resolvido. Parte dos resíduos produzido na cidade tem sido levada para um aterro sanitário em Sorriso. Bickhoff pretende implantar ainda a coleta seletiva, como medida para reduzir o volume de material depositado nas proximidades da Escola.
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“Vamos fazer uma limpeza, providenciar um local para a família que vive lá dentro e tentar uma parceria com o governo federal para conseguir recursos e fazer dela uma Escola agrícola”, sustenta.
A previsão do prefeito é que as aulas na Vinícius de Moraes sejam retomadas em 2014.
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Fonte: Diário de Cuiabá (MT)

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