quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Direção de escola proíbe alunos de falarem sobre revista policial

O Ministério Público chamou a atenção do comando da Polícia Militar para que não haja mais revistas invasivas como a que foi flagrada na Escola Estadual Geraldo Melo, no Graciliano Ramos, semana passada. A Secretaria de Estado da Educação informa que as revistas não foram suspensas, mas o promotor da Infância e da Juventude, Luiz Medeiros, deixa bem claro que “não é bem assim como foi informado” porque as batidas policiais só vão acontecer em situações específicas, em casos isolados e fora da escola. Jamais com todos os alunos, no portão de entrada ou dentro das salas de aula.
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Após a Gazeta de Alagoas denunciar que meninas e meninos eram alvos de revistas indiscriminadas, a direção da escola Geraldo Melo decidiu impedir a entrada da imprensa. Ontem pela manhã, alguns funcionários da unidade pública tentaram censurar o trabalho jornalístico e proibir os alunos de darem entrevista sobre a atitude grotesca que tanto os constrange. A direção mandou recado por funcionários que não daria entrevista.
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“Vocês não estão autorizados a entrevistar alunos”, vociferou uma mulher que aparentava ser da gestão, com o dedo em riste contra a nossa equipe e olhares de reprovação para os adolescentes. Questionada se estava proibindo os alunos de falar, ela recuou e optou por virar as costas e ir embora sem se identificar. Durante as entrevistas, outras três representantes da escola insultaram os profissionais da Gazeta, insinuando que a imprensa “publica o que quer”, que “divulga mentiras” e até dizendo que ia formalizar denúncia contra nossa equipe ao Conselho Tutelar.
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Fonte: Gazeta de Alagoas (AL)

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