quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fardas lado a alado com uniformes

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Em casos extremos, PMs que trabalharão armados em escolas nos dias de folga poderão revistar alunos

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Fonte: O Globo (RJ)
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Policiais militares fardados e armados começaram ontem a fazer a segurança, nos seus horários de folga, de 90 Escolas da rede estadual. Além da arma dentro dos colégios, a novidade, formalizada ontem pelo governador Sérgio Cabral, envolve outra polêmica: a revista de estudantes, recurso que poderá ser aplicado pelos agentes quando necessário, de acordo com as secretarias estaduais de Segurança e de Educação. Coordenador do Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis), no qual os policiais estão inseridos, o coronel Odair de Almeida Lopes afirma que alunos só poderão ser revistados em casos extremos e a pedido da direção do colégio. Fazem parte desta primeira etapa 423 militares, identificados pela braçadeira do Proeis.
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- Se nós precisarmos agir numa situação extrema com uma revista, nos só a faremos mediante solicitação do diretor da Escola e com acompanhamento também - diz o coordenador.
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O convênio entre as secretarias de Educação e Segurança foi assinado ontem, em solenidade no Palácio Guanabara, pelo governador e pelos secretários José Mariano Beltrame, de Segurança, e Wilson Risolia, de Educação. As 90 unidades estão localizadas em 21 municípios. A maioria, 37, fica na capital. Um dos critérios para a escolha foi a ocorrência de casos de violência recente, como o Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, no Complexo do Alemão, invadido mais de uma vez no ano passado. Risolia adiantou que pretende estender a inciativa para toda a rede num prazo de um ano.
A notícia de que a segurança de algumas Escolas será reforçada pela PM foi bem recebida por professores e alunos, que, por outro lado, manifestaram preocupação com a presença de armas.
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- A gente espera segurança com os policiais. Só da arma que tenho medo - confessou Gabrielle Barbosa, de 18 anos, aluna do 4 ano do ensino médio do Colégio Estadual Júlia Kubitschek, no Centro.
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- Arma sempre preocupa - disse Eliza Sousa, de 18 anos, colega de turma de Gabrielle.
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A Escola recebeu na manhã de ontem, pela primeira vez, um policial do programa, que chegou ao serviço às 6h30m. Para a diretora do colégio, Sheila Guimarães, a presença constante da PM levará mais tranquilidade para funcionários, alunos e pais. Ela diz que no entorno da Escola ocorrem muitos assaltos. A diretora, que diz não gostar de arma, não considera problema a realização de revistas e ressalta que os limites da atuação policial serão estabelecidos.
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Segundo Beltrame, os policiais receberão um treinamento especial na semana que vem. Os PMs integrantes do Proeis, que oferece policiais para a segurança de instituições e empresas, por meio de convênio com a Secretaria de Segurança, recebem R$ 200 por cada turno de oito horas, no caso dos oficiais, e R$ 150 se forem praças. O segundo-sargento João Carlos Oliveira vai receber R$ 150 pelo turno de trabalho no Júlia Kubitschek, onde começou ontem. Ele diz que a oportunidade "caiu do céu":
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- É como se eu estivesse fazendo meu trabalho normal de policial - afirmou o PM, que passou o dia mais dentro da Escola do que fora: - Fico mais lá dentro. Aqui fora fico mais no horário de entrada e saída. A orientação é vigiar internamente e vou atuar de acordo com a necessidade.
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Fonte (O Globo)



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400 policiais farão "bico oficial" em 90 escolas do Estado do Rio.
Eles receberão até R$ 200 por turno de 8 horas; armados, soldados só revistarão alunos a pedido dos diretores
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Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)
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Noventa escolas públicas do Estado do Rio, 37 delas na capital, terão segurança feita por policiais militares armados que trabalharão no horário de folga. Os 400 PMs atuarão na porta e no entorno, mas poderão também entrar nas escolas, em caso de ocorrências graves, desde que haja um pedido da direção.
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Coordenador do Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis), o coronel Odair de Almeida Lopes Júnior disse ontem, na assinatura do convênio entre as Secretarias da Segurança e da Educação do Estado, que revistas de alunos só acontecerão "mediante solicitação bem fundamentada do diretor".  Segundo o PM, os policiais tentarão coibir o aliciamento de alunos e a venda de drogas e poderão agir também em casos de Bullying, além de organizar o trânsito. Durante a noite, trabalharão na vigilância para evitar invasão e roubo. Eles vão receber R$ 200 por turno de oito horas trabalhado nas escolas, durante a folga, com limite de 12 turnos por mês. No caso dos praças, o pagamento será de R$ 150 por turno.
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As escolas começaram ontem a receber os PMs, em caráter experimental. Nas 90 escolas, estudam 115.490 alunos e trabalham 6.279 professores. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, informou que, na semana que vem, os PMs terão três dias de treinamento, focado no trato com crianças e adolescentes.
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O governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que "as 90 escolas vão ganhar outro nível de valor, os pais, os alunos e os professores terão outro nível de tranquilidade".
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