quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Acerto de conta em escola

Por ALECY ALVES -  Da Reportagem

Um suposto acerto de contas ocorrido ontem à tarde, por volta da 16h, dentro da Escola Estadual Professora Dunga Rodrigues, no bairro Maringá II, região do Grande Cristo Rei, em Várzea Grande, deixou dois estudantes feridos a balas.

Atingido por um tiro na região do quadril, Jéferson Kelber da Silva Pereira, de 18 anos, aluno do ensino médio noturno, foi socorrido por uma equipe do Samu (Serviço Médico de Urgência). Ele permanece internado no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande, onde deverá ser submetido a uma cirurgia nas próximas horas.

O outro rapaz, identificado como Jéferson Oliveira, que seria conhecido pelo apelido de “Bocão”, ferido de raspão em um dos braços, fugiu da escola e buscou atendimento por conta própria. Ele recebeu atendimento na mesma unidade de saúde, sendo liberado minutos depois.

“Bocão”, que seria o alvo dos tiros, não é aluno da escola, conforme informações levantadas pela assessoria de imprensa e o Núcleo Escola Segura, da Secretaria Estadual deEducação.

O coordenador do Núcleo, Allan Benitez, esteve no hospital no início da noite e conversou com Jéferson Kelber. Conforme Benitez, o estado de saúde do estudante é estável e não representaria risco de morte. O paradeiro do segundo ferido, “Bocão”, não é do conhecimento da equipe da Seduc.

De acordo com as primeiras informações levantadas pela polícia, a direção da escola e a Seduc, um rapaz, identificado apenas por Bruno seria o autor dos tiros. Ele teria pulado o muro do colégio e atirado quatro vezes na direção de “Bocão”, que conversava no pátio, perto do campinho com o estudante Jéferson Kelber. Com dezenas de alunos em sala de aula e outros circulando pelo campo e corredores, como acontece comumente nas escolas, os tiros colocaram em risco a vida de outros estudantes e também de funcionários.

Apesar de estar instalada em uma região com altos índices de criminalidade, a assessoria da Seduc informou que não há registro de ocorrências de violência dentro da Escola Dunga Rodrigues. Entretanto, é comum a presença de grupo de jovens e adolescentes desocupados no entorno da escola. Talvez, pelo fato de ocupar um prédio que já serviu de unidade de internação de menores infratores e dispor de grande área ociosa a sua volta. Ontem, o diretor Mauro César da Silva, solicitou a elevação do muro da escola acreditando que esse recurso poderá melhorar a segurança no local e prevenir ações semelhantes.

Em Várzea Grande está agendado para a próxima segunda-feira o início das discussões sobre violência nas escolas com professores, diretores, representantes de pais e alunos. O debate faz parte das ações do Fórum Escola Segura, instituído mês passado, depois da morte de um estudante de 16 anos, de uma escola de Cuiabá.

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